terça-feira, 16 de junho de 2015

Fauna do Garajau

Lobo marinho
A foca-monge do Mediterrâneo ou Lobo-marinho, Monachus monachus, encontra-se em maior quantidade  no Mediterrânio. Na Madeira esta espécie tem a sua população centrada nas desertas, onde habitualmente reside, mas alguns dos indivíduos já se deslocam com frequência à Ilha da Madeira, principalmente a locais dos seus antepassados, como Câmara de Lobos. 
Esta nada até aos 100 m de profundidade, é carnívoro e é um animal solitário. É uma das principais causas da criação da Reserva Natural das Desertas, é a estrela da Reserva. Neste momento a colónia de Lobos-Marinhos consta da existências de + de 30 indivíduos e está a prosperar nas águas da Madeira.

É de salientar também que esta foca é umas das mais raras do mundo.


Mero

O Mero ou Epinephelu marginatus, pode medir até 2 m e pesar 65kg, normalmente refugia-se nas rochas. É um peixe que se “relaciona” bem com qualquer pessoa que faça mergulho. Vão ganhando manchas brancas na pele ao envelhecer (como as rugas nas pessoas) é o emblema da Reserva Natural do Garajau. Atualmente está na lista de espécies ameaçadas em Portugal.

CURIOSIDADE: Garoupa, cherne, mero, marelaço, galinha-do-mar ou piracuca são nomes vulgares de várias espécies de peixes da subfamília Epinephelinae, família Serranidae, ordem dos Perciformes. Em Portugal, o nome cherne é utilizado exclusivamente para a espécie Polyprion americanus.

Garoupa
A espécie Serranus atricauda é conhecida por garoupa, em Portugal Continental chamam-lhe garoupa-de-rolo. É um predador exímio mas curioso, que observa de perto e se deixa aproximar pelo mergulhador.
São carnívoros e vivem em zonas costeiras de mares tropicais e temperados, onde desempenham um papel importante nos ecossistemas marinhos como predadores de várias espécies de peixes, crustáceos e cefalópodes.
Esta espécie distingue-se, no estado adulto, pela sua coloração: tem 3 a 4 bandas castanhas dispostas na vertical intercaladas com outras mais finas e mais escuras. A garoupa escolhe essencialmente em substratos rochosos e encontra-se nos primeiros metros de água até aos 90 metros de profundidade e possui a particular característica (á semelhança de outros peixes) de ser hermafrodita simultâneo ou seja possui os dois sexos.

Peixe-cão
Peixe Cão ou Bodianus scrofa, vivem no litoral nos fundos rochosos até aos 50 m de profundidade. O Peixe-Cão é apenas mais uma das muitas espécies de peixes que se podem encontrar a Reserva Natural do Garajau.
 Este peixe, de cores vivas, tem um grande valor comercial, sendo o macho mais colorido do que a fêmea.

Peixe-porco

O Peixe-porco ou Pseudobalistes flavimarginatus, recebem esse nome devido ao som que emitem ao serem removidos da água, se parecendo muito com um porco. São essencialmente carnívoros e alimentam-se de invertebrados, crustáceos e moluscos - conseguem partir as cascas duras dos ouriços e estrelas do mar com os dentes fortes. Aparecem em pequenos cardumes, embora seja mais vulgar aparecerem indivíduos solitários, ou em grupos até 5 adultos, e preferem fundos arenosos. 

Badejo amarelo
Badejo

O Badejo  ou Mycteroperca bonaci, são peixes de escamas com coloração escura e com manchas cujo padrão e coloração variam com a espécie. Vivem sozinhos ou em pequenos grupos de 5 a 10 indivíduos. São peixes carnívoros, que se alimentam de peixes, moluscos e crustáceos.


Bodião

O bodião ou Labrus bergylta, é uma espécie de bodião nativo do nordeste do Oceano Atlântico, a partir de Noruega até Marrocos, incluindo as ilhas da Madeira , os Açores e as Ilhas Canárias . Eles podem ser encontrados  nas rochas, algas e recifes.  Todos os Labrus bergylta são do sexo feminino para os seus primeiros 4 a 14 anos antes de sofrerem algumas mudanças passando a machos. Os grandes bodiões são quase certamente masculinos.



Anémona
Anémoma ou Anemonia sulcata, invertebrado muito vulgar nos locais mais abrigados da zona-de-marés.

Estrela do mar de espinhos

Estrela-do-mar-de-espinhos ou Marthasterias glacialis, pode atingir os 70 cm, é uma das maiores estrelas-do-mar existentes em águas europeias. Trata-se de um predador, que se alimenta de mexilhões e ostras. Os pés ambulacrários que lhe cobrem a zona inferior do corpo assemelham-se a ventosas e também são utilizados na locomoção. Esta espécie encontra-se em zonas rochosas.

Jamanta

Jamanta  ou Mobula mobular, a jamanta consegue pular para fora de água com uma agilidade inesperada para um peixe do seu tamanho. Embora as jamantas maiores vivam só em alto mar, algumas espécies aventuram-se a vir para a costa.
Caçam em pequenos cardumes, apanhando peixes e crustáceos e a pele não tem escamas visíveis e o fato de ser lisa dá grande agilidade ao peixe.

Salema
Salema ou Sarpa salpa é um peixe de pequenas dimensões, até 50 cm de comprimento, reconhecível pela existencia  de listras douradas longitudinais nos seus lados. A face ventral é mais clara e não apresenta listras.      
A espécie alimenta-se de plâncton podendo a sua ingestão, devido à bioacumulação de toxinas presentes em microalgas e dinoflagelados, provocar alucinações.

Castanhetas amarelas

Castanheta amarela ou Limbata chromis, esta espécie tem a sua distribuição restrita às ilhas da Macaronésia.
É frequente encontra-la na maior parte do ano em cardumes abundantes com machos, fêmeas e juvenis, todos eles morfologicamente idênticos. Unicamente no verão, altura em que se dá a reprodução desta espécie, se pode encontrar diferenças na coloração dos machos, tornando-se bem mais coloridos e com cores mais vistosas. A coloração destes indivíduos é de um castanho dourado, as barbatanas dorsais e ventrais são amarelas e as barbatanas dorsal e anal apresentam a parte anterior negra.

Esta espécie habita os fundos rochosos desde os 3 m aos 50 m de profundidade e se alimenta de pequenos animais associados aos fundos. A sua dieta principal é constituída por organismos planctónicos, desde pequenos crustáceos como os copépodes e as dáfnias, mas também de ovos de peixes e de larvas de gastrópodes, peixes e de bivalves.



Lapa

Lapa mansa ou Patella candei,  é uma espécie de molusco  com distribuição nas costas da Macaronésia é captura para consumo humano em diversas regiões.
As lapas da espécie P. candei, como aliás é comum às restantes espécies do género Patella, habitam o litoral médio e superior, permanecendo fixas ao substrato rochoso durante o dia, alimentando-se à noite por raspagem das zonas com algas, regressando ao lugar de fixação antes de amanhecer. Para esse efeito têm um pé mediano que lhes permite aderir fortemente à superfície da rocha por sucção, quando submersas, e por adesão, quando expostas ao ar.


Caranguejo cabra

Caranguejo-cabra ou grapsus adscensionis, muito comum na nossa costa, é uma espécie típica da zona de marés, que gosta de se alojar em recantos entre as rochas.  Quando se sentem ameaçados dirigem-se de imediato para dentro de água. Apesar de ser mais frequente observar este caranguejo na zona de marés, pode ser encontrado até aos 7 metros de profundidade.

A sua alimentação é baseada essencialmente em algas que se encontram fixas às rochas. 

Sargo veado

Sargo-veado ou Diplodus cervinus cervinus  é uma espécie litoral, comum em fundos rochosos. Ocasionalmente nada sobre fundos arenosos ou de lodo, até aos 300 m de profundidade. Forma grupos de 4 a 5 indivíduos, de tamanhos distintos, que se alimentam de algas e de pequenos invertebrados que vivem sobre o fundo.



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